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Artigo publicado sobre os movimentos do caranguejo azul no Guadiana

  • Foto do escritor: NEMAlgarve
    NEMAlgarve
  • 18 de nov.
  • 2 min de leitura
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Publicado na revista Estuaries and Coasts a 04 de Setembro de 2025. Mais detalhes aqui.


Foi recentemente publicado um estudo sobre os movimentos do caranguejo azul no estuário do Guadiana, coordenado pela equipa do NEMA.


Foram marcados com emissores acústicos 24 caranguejos azuis, os quais transmitiram informação sobre as suas movimentações no estuário ao longo de um período de 9 meses. Os principais resultados indicam:


  • Elevado grau de sucesso do estudo, visto todos os 24 caranguejos azuis inicialmente marcados terem sido detectados regularmente na rede de recetores, com um total de 44387 detecções ao longo do período de estudo;


  • A espécie mostrou que aproveita as correntes de maré para se deslocar para o baixo estuário, utilizando depois a maré enchente para rapidamente regressar ao médio estuário na zona da Foz de Odeleite. Num caso, foi registada uma viagem entre a zona do Azinhal e Vila Real de Santo António, mais de 9 quilómetros, em pouco mais de 3 horas. O mesmo caranguejo realizou ainda uma viagem entre Vila Real de Santo António e a Foz de Odeleite, cerca de 18 quilómetros, em cerca de 27 horas;


  • A maioria das viagens ao longo do estuário ocorreram em alturas com amplitudes de maré grandes, mostrando que o caranguejo azul aproveita este "meio de transporte" de foram activa e com um intuito, muito provavelmente em busca de alimento em outras zonas do estuário;


  • Muitos caranguejos acabam por voltar a esta zona do médio estuário, pelo que parece haver um maior tempo de residência e preferência pelo médio ou alto estuário;


  • Embora não tenha sido possível estudar muitas fêmeas, as três que foram marcadas, mostraram um padrão similar de migração para a zona costeira no Verão, uma vez que após detecção nos recetores de Vila Real de Santo António, não voltaram mais a ser detectadas. Será assim um reflexo das migrações sazonais que as fêmeas desta espécie costumam fazer entre os estuários e as zonas costeiras para desovar.



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